Após uma importante intervenção de restauro, na sequência de um incêndio que o destruiu parcialmente, abriu ao público este edifício que guarda a memória de uma das grandes histórias de amor da História portuguesa e integra o programa de visita do conjunto monumental do Parque da Pena, na Serra de Sintra, a primeira Paisagem Cultural Património da Humanidade classificada pela Unesco.
Foi construído, segundo o modelo dos chalets alpinos em voga na Europa na segunda metade do século XIX, pelo rei consorte D. Fernando II para a Condessa d’Edla, cantora lírica por quem se apaixonou e se viria a casar em segundas núpcias em 1869, 16 anos depois da morte da rainha D. Maria II.
O edifício, com uma forte carga cénica segundo o espírito romântico da época, é totalmente revestido de pintura mural, sublinhada no exterior pelo uso de cortiça como elemento decorativo nas ombreiras das portas, janelas e óculos. Do conjunto sobressai uma típica varanda que circunda todo o piso superior. Os interiores são ricos e bem trabalhados, com estuques, frescos e embutidos de cortiça e cobre.
Nos jardins que envolvem o chalet, D. Fernando e a Condessa d’Edla, influenciados pelo espírito coleccionista da época, reuniram espécies botânicas provenientes dos quatro cantos do mundo. Em particular, de referir a Feteira da Condessa, um dos locais mais exóticos do jardim, onde foram cuidadosamente introduzidos fetos arbóreos da Austrália e da Nova Zelândia de modo a criar um cenário romântico repleto de dramatismo.
A recuperação, iniciada em 2007 com financiamento do fundo EEA-Grants, complementado com apoios do Turismo de Portugal e do Programa Operacional do Ambiente, devolveu o Chalet ao seu estado original passando a constituir, com o jardim envolvente, um inédito novo pólo de atracção do Parque da Pena.