Em 1596 foi fundado o mosteiro de monges beneditinos na cidade do Porto de que a Igreja de São Bento da Vitória fazia parte, tendo esta sido reconstruída nos finais do séc. XVII e solenemente inaugurada em 1707.
É um edifício imponente e amplo, de nave única e planta cruciforme com um programa decorativo harmonioso.
No interior, destaca-se o conjunto de órgãos, um deles mudo, construído apenas para manter o equilíbrio, e outro considerado emblemático da organaria em Portugal. Foi concebido pelo irmão beneditino Frei Manuel de São Bento entre 1719 e 1722.
De notar o trabalho de talha dourada, nomeadamente o retábulo-mor em estilo barroco nacional, atribuído ao mestre entalhador Gabriel Rodrigues que o executou em 1716-19, e os retábulos dos topos do transepto de expressão rococó da escola portuense, dedicados ao Santíssimo Sacramento e a Nossa Senhora do Desterro. Foram realizados em 1755 pelos entalhadores José da Fonseca Lima e José Martins Tinoco.
De referir ainda os púlpitos com grades de pau preto do séc. XVII e o cadeiral do coro-alto do séc. XVIII, da autoria do artista bracarense Marceliano de Araújo, um dos mais representativos do país, com painéis narrativos nos espaldares alusivos à vida de São Bento.